Amor virtual real

Antes de te conhecer já te amava,
saboreando e apreciando cada letra e palavra tua,
expandi-me para além do meu Ser e descobri assim...
uma nova forma de amor que ainda não sabia que existia.

Um amor entre o físico e o espiritual;
um amor livre de espaço, tempo e matéria: um amor virtual.

Aprendo a conhecer-me melhor ao conhecer-te.

Contigo aprendo a amar incondicionalmente,
a ser paciente e a saber mais acerca dos meus próprios limites.

Através das teclas cinzentas e frias partilhei contigo os meus sonhos,
derramei os meus medos, mas sobretudo rimos que nem uns perdidos...

Chorei sem pranto e enxuguei as tuas lágrimas sem precisar de lenço;
recebi os teus mimos sem o teu toque,
afaguei-te o peito e fiz-te sentir o quanto te queria bem através dos teus olhos.

Por ti senti desejo, ciúme e senti-os tornarem-se ridículos...

Aprendi a confiar nas tuas palavras apenas por intuição ou apenas porque te amo.

Senti a tua falta sozinho na minha casa,
e o que não queria com ninguém aceitei contigo.

Nunca nos pertencemos nem somos de ninguém, mas no entanto já voámos juntos,
e a partir do momento em que nos partilhamos tornamo-nos um do outro e isso,
jamais, nada nem ninguém poderá apagar,
nem o que de ti em mim ficou nem aquilo que de mim te tornaste.

O nosso amor vai crescer, vou cuidar dele bem.
Bem hajas, meu grande amor bem como o meu desejo,
que continuem para sempre na minha vida,
seja sob que forma for.

porque eu amo-te muito e acredita que te amo como nunca amei ninguém.

Jorge Ferreira
29 de Agosto de 2007

Porquê o nome do Blog ?

Em tempos fiz programas de rádio,
em duas rádios diferentes,
penso que foi durante uns 3 anos,
dos meus 17 aos 20 anos...

Depois disso já passaram quase 20 anos,
mas parece que foi ontem...

O meu preferido, que fiz durante mais tempo,
era na Rádio Tejo em Alhos Vedros.

Todas as sextas-feiras das 20 ás 22 horas,
ainda por cima horário nobre,
mesmo antes do pessoal ir para a noite,
muita gente ouvia e telefonava,
eu fazia tudo sozinho,
era o meu programa...

Escrevia os textos,
poemas,
histórias sobre grupos,
escolhia as musicas,
era dj,
controlava a mesa de mistura,
era locutor,
atendia os telefonemas e colocava-os no ar,
enfim fazia mesmo tudo sozinho,
era um desafio todos os dias,
deu-me tanto prazer...

Naquele tempo gostava de musica Rock/Pop/Heavy,
ainda não gostava muito de Jazz/Blues nem de musica erudita,
esses tipos de musica ficariam para mais tarde,
se bem que adorei ver o Miles Davis ao vivo no Coliseu,
por volta desta altura,
talvez tenha começado a gostar de Jazz desde ai...

Mas aquele programa era mais Rock e Hard Rock,
Pink Floyd, Doors, Eric Clapton, Van Halen, Frank Zappa era talvez o
mais erudito...

Eu andava perdido na sociedade,
sem saber no que queria trabalhar ou estudar,
contra tudo e contra todos,
até contra mim...

Dai o titulo do programa "Cavaleiros na Tempestade",
todos os jovens são isso,
cavaleiros perdidos numa tempestade,
a sociedade é mais que uma tempestade é uma selva,
e eu era apenas mais um cavaleiro sem rumo...

Na verdade, "Cavaleiros na Tempestade",
foi inspirado na musica "Raiders on the Storm" dos Doors:

"Cavaleiros na Tempestade"

Cavaleiros na Tempestade, Cavaleiros na Tempestade,
nesta casa nascemos, para aqui fomos lançados,
como cão sem osso, actor de substituição.
Cavaleiros na Tempestade.

Está na estrada um assassino, cérebro enroscado como sapo.
Faça Férias prolongadas, deixe os meninos brincar.
Se der boleia a um tal homem, a família vai morrer.
Assassino na estrada...

Tens de amar o teu homem, miúda,
tens de amar o teu homem, miúda.
Pega-lhe na mão, fá-lo perceber,
de ti depende o mundo, a nossa vida não tem fim.
Tens de amar o teu homem...

Cavaleiros na tempestade, cavaleiros na tempestade,
cavaleiros na tempestade, cavaleiros na tempestade.

(Musica "Raiders on the Storm", letra de Jim Morrison, "The Doors")


Jorge Peres Ferreira

(Esta história é verídica)